Comunidade mantém corpos de pessoas mortas morando com vivos; imagens são fortes

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A morte é vista de perspectivas diferentes nas mais variadas culturas. No Brasil, esse momento é acompanhado pela dor mesmo por aqueles que creem que a pessoa irá para um lugar melhor após partir deste mundo. Em outras culturas, o velório é marcado por festa e alegria.

Mas nenhuma chega perto da comunidade toraja, que vive em uma região montanhosa de Sulawesi do Sul, na Indonésia. Por lá, os mortos não vão para o caixão, nem são deixados em cemitérios. Os mortos moram juntos com os vivos.

A crença local, que não é seguida por todo o povo indonésio, acredita que a alma permanece na casa em que a pessoa viveu. Os cadáveres não são apenas “peças” de decoração, como algumas pessoas fazem ao guardar as cinzas do falecido dentro de uma caixa ou vaso em algum canto da casa.

Por lá, os cadáveres bebem água, são alimentados, fumam e têm as roupas trocadas. Os rituais é como se eles estivessem vivos. Alguns morreram há décadas. Songa, por exemplo, faleceu há 40 anos e até hoje fuma.

Alguns dos corpos, estão em estado avançado de decomposição. Mesmo assim, dividem espaço com os vivos que, em alguns casos, são obrigados a usar máscaras por causa do odor desagradável que avançar por muitos metros.

Além das máscaras, necessárias em alguns casos, familiares costumam usar ervas para impedir que o mau cheio se propague. Para eles, quanto mais tempo o corpo é preservado, mais sorte a família tem.

Alguns dos mortos passam o dia em camas. Aqueles que chegam a ser enterrados são retirados em algumas datas especiais para que as famílias tenham contato com o falecido.