Presidente da Vale afirma que a empresa é um joia brasileira e não pode ser condenada

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Fabio Schvartsman, presidente da Vale, participou hoje na Câmera dos Deputados da audiência pública sobre o rompimento da barragem em Brumadinho, tragédia que destruiu parte da cidade mineira e interrompeu de forma drástica os sonhos de muitos inocentes que perderam suas vidas.  Para Fabio, por maior que foi a tragédia, a empresa não pode ser responsabilizada pelo acidente.

Ele tem se ocupado em primeira pessoa de todos os desdobramentos da tragédia, bem como das consequências e medidas adotadas para que no futuro não venha a acontecer novamente e afirmou na câmara que a Vale é uma joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu em sua barragem, por maior que tenha sido a tragédia. 

Segundo o presidente, todos as procedimentos adotados pela empresa nas barragens serão acompanhados e fiscalizados por um órgão responsável pelo licenciamento de barragens nos Estados Unidos, o U.S. Army Corps of Engineers. Fabio acrescentou ainda que a empresa também dará assessoria em algumas mudanças no código de mineração

Na audiência, Schvartsman explicou que a mineradora Vale pretende não mais utilizar barragens do modelo a montante”, que é o mesmo método utilizado na época na barragem de Mariana que se rompeu em 2015 e também o mesmo modelo de Brumadinho. Ele acrescentou também que a empresa possuiu mais 19 barragens construídas nesse mesmo modelo, porém, nenhum delas esta sendo utilizada.

Fabio informou que no período de três anos todas essas barragens serão desativadas por completo e substituídas por outro tipo e frisou que a Vale possui uma história de 70 anos e que nunca tinha registrado esse tipo de acidente. Segundo ele, a barragem que se rompeu em Feijão não foi construída pela Vale e sim pela Farteco, ou seja, a Vale adquiriu a barragem já pronta.

Sobre as indenizações, na última quarta-feira os interessados negaram o acordo proposto pela Vale. Fabio informou que a empresa pretende agilizar os pagamentos de indenizações e que não pretende levar nada para o judiciário, mas sim fazer acordos.