Em meio à guerra com Bolsonaro, um dos principais produtos da Globo patina na audiência

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O ano de 2019 está sendo marcado pela queda de braço entre o presidente Jair Bolsonaro e a Rede Globo. Eleito, Bolsonaro fez promessas que desagradou a emissora, como acabar com o famoso BV da publicidade televisa, que favorece a Globo na hora de fechar contratos publicitários em detrimento de outras emissoras. 

Bolsonaro também diminuirá o investimento publicitário do governo. Estimativas apontam que a Globo recebia cerca de R$ 400 milhões por ano, em média. O valor na era Bolsonaro deve ser menor.

Na contramão, o canal da família Marinho publicou diversas reportagens no Jornal Nacional contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Jair. Para muitos, era uma forma de implodir o governo pelas beiradas.

Paralelo a todo esse cenário, a Globo sofre com a baixa audiência e um de seus principais produtos, o Big Brother Brasil, reflete esse momento de crise. A atual edição do reality show alcançou 20,4 pontos de média nos 30 primeiros episódios. Para se ter uma ideia de como a audiência caiu, a edição do ano passado registrava 25 pontos nos 30 primeiros programas.

A pior audiência da história supera até mesmo a 17ª edição, em 2017, que nos primeiros 30 dias teve média de 22,4 pontos. Estes números dizem respeito à região da Grande São Paulo, a principal no quesito comercial para as emissoras.

O BBB 5, em 2005, é o detentor da maior audiência nos primeiros 30 dias: 45,8 pontos de média na Grande São Paulo. Desde então, o reality show perde audiência a cada ano e alcançou seu recorde negativo na atual edição.