Mulheres africanas usam produtos para clarear a pele e especialistas alertam para riscos

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Nyakim Gatwech, do Sudão do Sul, foi para os Estados Unidos com a família achando que teria uma vida melhor, mas logo viu tudo se tornar um pesadelo por causa de sua pele. Ela já tinha passado por muitas dificuldades na vida, pois quando era mais nova, viveu com os pais em uma das regiões mais pobres do mundo e pensou que agora as coisas seriam diferentes, mas enganou-se.

Com a família, ela chegou a Minneapolis, Minnesota, e pensou que ali todos poderiam recomeçar uma nova vida, longe das dificuldades da África, mas encontrou algo que ainda não tinha enfrentado na vida: o racismo.

Na escola em que foi matriculada, logo nos primeiros dias foi maltratada por ser negra, e ouvia coisas horríveis. Os ‘coleguinhas’ até mandaram ela tomar banho porque era muito escura. O tempo foi passando, e cansada de ser tão criticada por ser negra, resolveu lavar o corpo com água sanitária para tentar clarear a pele.

Tudo mudou quando ela encontrou sua vocação

Ela estava pronta para tentar esta medida radical, até que desfilou em um evento na escola e descobriu que ser modelo era tudo que queria.

Nyakim se mudou para Nova York depois de um tempo e, apesar de continuar enfrentando o racismo, persistiu no seu sonho e conseguiu ser reconhecida finalmente. Hoje, ela é uma das modelos mais famosas nos Estados Unidos e tem muito orgulho de ser negra, inclusive, usa suas redes sociais para mostrar sua experiência de vida e com isso ajudar outras garotas que passam pelo que ela já passou.

Infelizmente, um relatório da OMS constatou que 77% das mulheres nigerianas estão usando algum produto para clarear a pele. Os médicos alertam que estes produtos não são autorizados, e na maioria das vezes oferecem riscos a estas pessoas.

Branqueamento de pele, na África, não é novidade e os produtos são encontrados em qualquer lugar, trazendo risco principalmente para a população feminina.