Lula volta atrás e decide não ir ao enterro do irmão; entenda o caso

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou decidindo por não aceitar as condições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para deixar temporariamente a prisão da Polícia Federal, em Curitiba e viajar até São Bernardo do Campo, onde estaria sua família após o enterro de seu irmão mais velho, Genival Inácio da Silva, o Vavá. O irmão de Lula morreu aos 79 anos devido a um câncer que vinha lutando a algum tempo. 

Na decisão tomada pelo presidente do STF, Dias Toffoli, autorizando a Polícia Federal (PF) a levar o então ex-presidente à São Paulo para encontrar seus familiares, não permitia Lula ir até o local do velório. No entanto, o ex-presidente decidiu permanecer em Curitiba e receber os familiares amanhã, que é o dia de visita na prisão.

O advogado de Lula, Manoel Caetano Ferreira Filho fez um pronunciamento aos jornalistas na porta da PF, onde Lula está preso. “O presidente não concordaria em reunir com sua família em um quartel. Ele disse isso claramente. Seria um vexame, seria um desrespeito com a família que ele fosse se encontrar com a família em um momento como esse em um quartel”.

Após às 15h de hoje (30), a defesa de Lula, em uma manifestação enviada ao STF, informou que o ex-presidente não quis viajar por entender que o encontro com seus familiares horas após o sepultamento de seu irmão, em uma unidade militar, agravaria o sofrimento já bastante elevado de seus membros. Vale ressaltar que Lula está preso desde abril de 2018 e cumpre pena pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

No velório, lideranças do PT fizeram discursos que foram transmitidos pelas redes sociais do ex-presidente, onde reafirmavam que o ex-presidente é um preso político. 

Estavam presentes a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, o líder do PT na Câmara, deputado federal Paulo Pimenta, e o candidato do PT à Presidência na última corrida ao Planalto, Fernando Haddad.