Milicianos acusados de matar Marielle têm ligação com Flávio Bolsonaro, e o caso pega fogo

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O nome de duas mulheres é tido, até o momento, como a peça chave que aponta a ligação existente entre o senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, e os milicianos que são os principais suspeitos por terem realizado a morte da vereadora Marielle Franco, e de seu motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março do ano passado.

Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega são, respectivamente, mãe e mulher do capitão Adriano Magalhães de Nóbrega, conhecido como Gordinho. Ele é tido, através das investigações comandadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, como sendo uma das lideranças do chamado Escritório do Crime, organização a qual pertencem os milicianos suspeitos.

Ambas as mulheres foram lotadas no gabinete de Flávio, ainda na época em que ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

O filho do presidente, entretanto, afirma que as nomeações não foram por ele feitas, e diz que a mãe do capitão ‘Gordinho’ foi indicada pelo seu ex-assessor e ex-motorista Fabrício Queiroz. Em nota, ele afirma estar havendo uma perseguição política, no sentido de tentar atacar o governo do presidente Jair Bolsonaro.

Adriano encontra-se, neste momento, foragido. Ele foi um dos alvos da Operação Intocáveis, a qual foi realizada na manhã desta terça-feira, 22, após uma força-tarefa mobilizada pela Polícia Civil e pelo MP-RJ. Cinco dos suspeitos de integrarem a milícia foram presos. Eles são acusados de agir nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema, realizando práticas ilícitas, tais como extorsão de moradores e comerciantes, além de agiotagem, pagamento de propina, e grilagem de terras.