Pastor preso por engravidar adolescente afirma que relacionamento era consensual

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Um homem foi preso pela polícia nesta quarta-feira, 17, acusado de violência doméstica, psicológica e abuso. O caso aconteceu no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. O acusado de ter cometido os crimes foi identificado como Pastor Edy de Jesus, responsável pela casa de recuperação Centro Pentecostal Jovem Resgate, em Engenho Novo, na área rural do Cabo.

“Sabemos que uma menina de 17 anos está gravida dele, com quatro meses de gestação. Segundo ele, a relação seria consensual. Ele diz que conhece a família dela há 20 anos e que ela tinha um namorado, mas eles acabaram se relacionando e ela engravidou. Achamos estranho porque as outras vítimas disseram que ele a tratava como uma filha e, ainda assim, a engravidou”, disse a polícia.

Conforme informações da polícia, além de agredir os dependentes químicos, o acusado engravidou uma adolescente de 17 anos.
Em depoimento, o pastou alegou que a relação com a ‘filha’ era com o consentimento dela. 

Doze vítimas de torturas apresentaram queixa contro o pastor

Esse homem é um psicopata, é monstro. Ele batia na gente e só sossegava quando via sangue escorrendo”, disse uma das vítimas do pastor.  

Conforme informações repassadas pela polícia da localidade, doze pessoas fizeram uma queixa contra o suspeito. Entre as vítimas estavam três crianças e nove mulheres e todas eram agredidas pelo pastor no abrigo. A polícia relatou que o local usado pelo suspeito como uma casa de recuperação era clandestina e não tinha autorização da Prefeitura para funcionar.  

De acordo com o depoimento de umas das vítimas, uma jovem de 22 anos, os cinco meses que ela ficou no local foram os piores dias da sua vida.
Eu passei noites de terror lá. Estou muito assustada com essa situação. O que ele fazia com a gente, não se faz nem com um bicho. Ele é muito agressivo. ‘Dava’ de mangueira, de barrote. Ele já agrediu até meus dois filhos, um de 5 e um de 3 [anos]“, afirma a vítima. 

A jovem relatou que uma irmã dela também ficou internada no local e foi obrigada a dormir em um quarto sem energia além das agressões que sofria. Segundo as duas irmãs, ambas eram ameaçadas caso elas contassem para os parentes sobre as agressões.  

Um inquérito policial foi aberto e o caso continua sendo investigado.