MP-SP pede investigação sobre ligação de João de Deus com tráfico humano

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O Ministério Público de São Paulo repassou para o Ministério Público Federal, informações que alegam uma suposta ligação de João de Deus com um esquema internacional de tráfico de bebês, além de alegações que constam também a escravização de mulheres. O pedido do MP-SP é para que o órgão faça a análise das denúncias.

Quem deu início as acusações foi a ativista Sabrina Bittencourt, que liderou as denúncias sobre os casos de abusos cometidos pelo médium, ao receber seus pacientes espirituais em seu consultório.

Por meio das redes sociais, Sabrina divulgou um vídeo onde revela a ligação de João de Deus com estes crimes, há pelo menos duas décadas. Ela afirmou que, no caso da escravização das mulheres, eram escolhidas, sobretudo, as negras e mais carentes, nas cidades de Abadiânia e Anápolis, além da região norte do estado de Minas Gerais, que residiam nas proximidades dos garimpos ilegais do Médium.

O relato ganha ares ainda mais chocantes, quando Sabrina afirma que as mulheres eram obrigadas a terem filhos, em troca de comida. Em seguida, as crianças eram vendidas para famílias de fora do Brasil, por quantias entre 20 e 50 dólares.

Alberto Toron, advogado do caso, afirmou ser necessário aguardar as investigações. Até lá, não havendo provas, as alegações contra João de Deus devem ser descartadas. O advogado afirmou que todos os relatos da ativista são apenas afirmações, sem que quaisquer provas sejam apresentadas.

E afirmou que o ideal agora é aguardar as investigações e que, sem comprovações, as falas seriam apenas falácias.