Mais uma da lei Rouanet: verba milionária teria sido liberada para filme sobre João de Deus

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O médium João de Deus, famoso até mesmo fora do Brasil, se tornou manchete de vários jornais durante o mês de dezembro. O motivo é que o paranormal foi acusado de abuso por várias mulheres. No entanto, João Teixeira de Faria não admitiu em nenhum momento, ter praticado os atos do qual está sendo acusado, afirmando não ter cometido nenhum abuso contra as mulheres que frequentavam o centro espírita.

Nesta quarta-feira (26), João de Deus prestou depoimento aos promotores da força-tarefa do Ministério Público de Goiás – MP-GO, que são os responsáveis por investigar as várias acusações de abuso apresentadas por centenas de mulheres tanto do país, quanto do exterior.

O centro espírita Casa Dom Inácio de Loyola fica localizado na cidade de Abadiânia, no estado de Goiás. De acordo com o advogado de defesa do médium, Alex Neder, João de Deus teria respondido todas as perguntas feitas negando as acusações. Inclusive, o acusado não teria identificado nenhuma das vítimas, garantindo não se lembrar delas.

A defesa entrou com um pedido de liberdade provisória e espera que o STF (Supremo Tribunal Federal) possa apreciar a solicitação, já que os pedidos apresentados anteriormente ao Tribunal de Justiça do estado de Goiás e ao Tribunal de Justiça foram negados.

Neder fez questão de ressaltar que o médium tem 76 anos e apresenta problemas de saúde, além de, recentemente, ter passado por um tratamento de câncer. Por esses motivos, o local onde João de Deus se encontra não seria adequado para uma pessoa em suas condições.

Um detalhe sobre João de Deus vem gerando ainda mais revolta na população. O motivo é que a Ancine teria autorizado a captação de recursos para que uma cinebiografia sobre o médium fosse realizada. O valor do recurso seria de 4 milhões de reais.

A autorização para liberação da verba aconteceu dois dias antes de João de Deus ser denunciado, ao vivo, durante o programa Conversa com Bial, exibido pela Rede Globo.