Para não sair do ar, Globo terá que renovar concessão no último ano do governo Bolsonaro

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As emissoras de rádio e televisão no Brasil são concessões públicas e precisam de aval do governo para permanecerem no ar. A Rede Globo, maior emissora do país com mais de 100 afiliadas, tem cinco emissoras próprias e precisará renovar as concessões a partir de 2022, último ano do governo Bolsonaro. 

As emissoras da Globo em Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram as concessões renovadas, pela última vez, em abril de 2008. O Diário Oficial da União do dia 15 de abril daquele ano publicou decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva renovando as concessões.

O prazo de 15 anos vence em 2023 e, de acordo com a lei sancionada por Michel Temer em março de 2017, a renovação da concessão das cinco emissoras da Rede Globo pode ser feita até um ano antes do vencimento do prazo.

Isso significa que a partir de abril de 2022 a renovação já será possível. Antes da lei sancionada por Temer, o prazo para renovar era de seis a três meses antes do vencimento da concessão.

Jair Bolsonaro e Rede Globo não nutrem a melhor relação. O presidente eleito se aproximou da Record TV na reta final de sua campanha, após o bispo Edir Macedo, proprietário da emissora, declarar voto no candidato do PSL em um live no Facebook.

A primeira entrevista de Bolsonaro após ser eleito presidente foi a Record. Durante a campanha, a entrevista que Bolsonaro deu ao Jornal Nacional repercutiu bastante. O então candidato bateu de frente com os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos.

Nos últimos dias, Bolsonaro foi a um churrasco na casa do apresentador e dono do SBT, Silvio Santos. Anteriormente, o empresário elogiou o presidente eleito durante a participação de Bolsonaro no Teleton.