Maioria das denúncias contra João de Deus não têm mais valor, diz delegada

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Segundo a delegada Karla Fernandes, que está cuidado do caso de João de Deus, a maioria das denúncias contra o acusado já não têm mais nenhum valor o que pode livrar o médium de algumas das centenas de acusações de abuso íntimo contra ele, nos quais ele cometia durante sessões espirituais.

De acordo com Fernandes, muitos desses casos aconteceram mais de seis meses antes da denúncia e por isso perdem o valor legal, segundo o código penal brasileiro decretava até setembro de 2018. Algumas dessas acusações foram realizadas entre os meses de novembro e dezembro, porém os casos relatados eram do início do ano ou até de anos anteriores.

Houve uma mudança de lei que pode colocar abaixo muitas denúncias. Até o mês de setembro estava previsto em lei que a denúncia só pode ter valor jurídico se for feita até seis meses depois da data do acontecimento. Agora isso foi alterado e casos como abuso não possuem mais prazo decacional.

Seguindo a lei do país, não é permitido que uma nova regra tenha decisão retroativa para que o réu seja prejudicado, portanto essas denúncias apontadas não serão mais levadas em consideração na investigação contra João de Deus. Mesmo assim casos cruciais ainda serão mantidos na pauta.

O principal deles aconteceu depois do mês de setembro, nele uma mulher de 43 anos diz ter sido abusada pelo médium durante uma das sessões. No relato, ela conta que ele passou a mão em seu ventre para tirar uma energia ruim e depois colocou sua região íntima para fora das calças. Logo que notou o que estava acontecendo ela ficou muito assustada, mas foi orientada a não falar nada do que presenciou para ninguém.