Homem segura menino de 6 anos para que filho o agrida com tapa no rosto e imagens revoltam

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Crianças jogavam futebol de salão na quadra de um condomínio fechado, na Octogonal, em Brasília, no último domingo (9), quando cenas revoltantes foram gravadas pelo circuito de segurança interna do local. 

Por volta das 17h25, conforme horário que aparece no registro das imagens, um dos meninos que está com a bola nos pés cai ao tentar fazer um drible. Ele teria deixado a quadra e ido ao apartamento onde mora. Os pais entenderam que ele havia sido derrubado pelo colega de seis anos.

O pai do menino que caiu entra na quadra dois minutos depois, vai em direção ao outro garoto, de apenas seis anos, e o segura com os braços para trás. Neste momento, seu filho dá um tapa no rosto da criança imobilizada.

Em seguida, uma mulher aparece na imagem e empurra o menino que havia levado o tapa no rosto. Enquanto a agressão acontece, as outras crianças que brincavam na quadra ficam acuadas, próximo às grades. Algumas delas chegam a chorar diante da cena de violência que presenciam.

Ao G1, a tia do menino que sofreu as agressões, Jucinea das Mercês Nascimento, de 43 anos, confirmou que o homem e a mulher que aparecem nas imagens são os pais da criança que caiu durante o jogo.

Jucinea teve acesso às imagens na segunda-feira (10) e registrou boletim de ocorrência no dia seguinte na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O menino de seis anos visitava parentes no prédio quando foi agredido.

“A agressão psicológica que ele sofreu é um trauma para a vida”, diz a tia, que explicou que o sobrinho não ficou com nenhuma marca física por conta das agressões. “As gravações não mentem. A criança tropeçou sozinha. Mesmo assim, o pai desce transtornado”, explica Jucinea.

Ela não estava no local durante a confusão. Quando chegou, um vizinho a informou sobre o ocorrido. Este vizinho aparece uma das imagens pulando uma grade para defender o menino agredido.

Jucinea afirmou que foi ao apartamento onde o casal agressor estava – eles não moram no condomínio – e foi maltratada. “A agressora, ainda me destratou. Disse que eu não educava o meu sobrinho. Fiquei revoltada. Mesmo com tudo o que aconteceu, eles ficaram achando que a ação foi correta”. O menino agredido mora na Bahia e estava de férias em Brasília.