Morte de cachorra do Carrefour repercute mais que assassinato de jovem pobre

PUBLICIDADE

Recentemente, o assassinato de uma cachorra no Carrefour acabou causando enorme comoção na internet. O animal foi morto na unidade Osasco do supermercado e, desde então, iniciou-se um movimento chamado de “boicote” contra a marca.

Curiosamente, a morte da cadela já repercutiu mais do que a de um jovem da periferia de São Paulo. O skatista Marcos Tonioli, conhecido como Suco, 17 anos, estava andando de skate com amigos no posto de combustível, quando acabou sendo assassinado por um segurança da unidade.

No caso do cachorro do Carrefour, o animal foi morto a pauladas. No do rapaz, após uma discussão, o skatista foi abatido a tiros. Na ocasião, um abaixo-assinado chegou a ser feito pedindo que as autoridades fizessem algo. Mais de 5 mil pessoas assinaram o termo.

No entanto, no caso da cachorra, foram mais de 1,7 milhão de assinaturas em três dias. O número de pessoas envolvidas no assunto não para de crescer, o que prova o quanto o caso mexeu com as pessoas de todo o Brasil. 

De acordo com o R7, uma reportagem sobre a liberdade do agressor da cadela atingiu mais de 200 mil interações em menos de um dia, enquanto a do jovem não teve dez mil interações na internet. 

Nove meses depois da morte do filho, Rosângela Tonioli, mãe de Marcos Suco, afirma que toda a família foi afetada pela tragédia, principalmente pela falta de uma punição — o suspeito de matar o jovem ficou preso por 40 dias. “Nós, como pais de vítimas, queríamos ver as coisas acontecendo mais rápido, porque a Justiça brasileira é muito lenta“, explicou.