CUT vive maior crise da história e amarga vitória de Bolsonaro

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Entidades de esquerda tentam acertar as contas desde que o deputado federal Jair Bolsonaro, do PSL, tornou-se vencedor da corrida presidencial. Primeiro foi Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), quem pediu para que todos fizessem uma “vaquinha” para ajudar a pagar as dívidas. Agora é a Central Única dos Trabalhadores, a CUT, quem vive sua própria crise. 

Após o fim da contribuição obrigatória que entrou em vigor no governo Temer, o período negro das finanças da CUT apenas se estendeu. Agora a entidade precisa fazer demissões e até vendeu um dos seus prédios para custear os gastos com manifestações e toda a estrutura que segurava o sindicato.  

Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), acabou sendo um dos mentores da venda do atual prédio do sindicato. As negociações estão ocorrendo com a Igreja Mundial do Reino de Deus. Ao todo, são sete andares na propriedade, que é avaliada em R$ 40 milhões. Uma assembleia definiu a venda do prédio. 

Durante o governo de Michel Temer, acabou determinando o fim da obrigatoriedade do pagamento da cobrança sindical. Com isso, muitos trabalhadores preferem ficar com a quantia que antes ia para o sindicato. A CUT, aos poucos, foi perdendo força e um governo de direita tende a derrubar ainda mais a entidade. 

O presidente da CUT, Vagner Freitas não vê possibilidade de moderação por parte do novo governo, mas ele próprio pregou o radicalismo. À época do impeachment da petista Dilma Rousseff, falou em pegar em armas contra a deposição da presidente. 

De cordo com Vagner, a fala aconteceu porque era necessária para “agitar” uma mobilização da entidade.