Mãe de bandido morto por policial em frente de escola desabafa: ‘ela me torturou’

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A vida da cozinheira Regiane Neves da Silva Ferrari mudaria para sempre no dia 12 de maio, véspera do Dia das Mães. Outra vida que mudou nesse dia foi a policial militar Kátia da Silva Sastre.

Na manhã daquele sábado, Elivelton, filho de Regiane, colocou uma arma na cintura e resolveu assaltar um grupo de mulheres e crianças que estava na porta do colégio Ferreira Master, em Suzano, região da Grande São Paulo.

Katia estava de folga e levava a filha de sete anos para a apresenta especial para as mães. Diante do risco iminente, ela sacou sua arma, realizou três disparos e matou Elivelton.

O caso fez com que a policial fosse homenageada pelo governador de São Paulo, Márcio França (PSB). A fama repentina fez com que ela se candidatasse ao cargo de deputada federal pelo estado e vencesse.

A mãe do assaltante morto afirma que a policial estava fazendo o serviço dela. “Como policial, ela podia matar, eu também ia tentar proteger os pequenos numa situação como aquela”, afirmou Regiane.

Ela disse ainda que o filho sempre foi muito carinhoso com crianças. Regiane processa Kátia porque a agora deputada eleita usou as imagens do assalto, gravadas por uma câmera de vigilância, em sua propaganda eleitoral.

“Ao exibir a cena na propaganda eleitoral, dia após dia, ela me torturou e à minha família de um modo terrível”, disse Regiane. Por conta das imagens, ela processa a policial e sua defesa pede indenização no valor de R$ 477 mil.

Na propaganda eleitoral, Kátia afirmou que mataria de novo se fosse necessário. “Quando dizia que matou e que mataria de novo, eu pensava que era a mim que ela estava querendo matar”, afirma a cozinheira. “Afinal, meu filho já está morto, eu que estava sofrendo na frente da TV”, diz. A defesa da PM ainda não se manifestou sobre o caso.