Urnas eletrônicas já foram testadas por técnicos que conseguiram invadir o sistema

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Nos últimos tempos, o candidato Jair Bolsonaro colou em dúvida a credibilidade das urnas eletrônicas, dizendo que pode acontecer fraude nas eleições.

Contudo, até o momento, não há provas de que o sistema usado pela urna não seja seguro. Mas, em dezembro do ano passado, um teste foi realizado para averiguar a segurança dos equipamentos que serão utilizados neste ano de 2018 e uma falha foi apontada.

Os especialistas acabaram conseguindo decifrar os arquivos internos que existem nos equipamentos. Segundo informações do coordenador de sistemas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José de Melo Cruz, existe uma possibilidade de os técnicos terem conseguido identificar qual foi o último voto confirmado na urna.

Porém, segundo Jorge, ele não teve acesso aos dados do eleitor: “Eles não tiveram acesso a dados do eleitor, tiveram acesso ao ‘log’, que é aquele sistema que vai monitorando a urna e escrevendo tudo que acontece na urna eletrônica, como a caixa preta de um avião, que vai registrando todos os dados do voo. E conseguiram acesso ao RDV, que é o registro digital do voto, mas não de alterar o RDV, mas sim de observá-lo”

Porém, testes similares já haviam sido realizados nos anos anteriores para avaliar a vulnerabilidades das urnas eletrônicas. Quando questionado pelos jornalistas sobre a penetração no sistema, Melo apontou que eles não tiveram acesso a ordem dos votos e nem conseguiram computar todos os que estavam naquele equipamento.

Sobre as falhas cometidas, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, garantiu que elas aconteceram devido a atualização do sistema, mas que seriam corrigidas. Vale ressaltar que, até agora, não divulgado a realização de um novo teste para conferir a confiança dos equipamentos.