Racismo? Marca veta modelos por causa da cor da pele: ‘poder branco’

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Existe racismo na indústria da moda? A pergunta é embaraçosa, e a Moga, marca australiana, promete colocar mais lenha na fogueira desse debate polêmico, que divide opiniões. Desta vez, a marca toma uma decisão inusitada em relação a cor da pele das modelos que estarão em suas campanhas.

Especializada na confecção de lenços de cabeça e xales, a Moga se compromete com questões sociais e o item mais vendido de sua coleção é um tecido com as cores da bandeira do arco-íris feito em comemoração à legalização do casamento homoafetivo na Austrália.

A partir de agora, a empresa não irá mais contratar modelos brancas para as suas campanhas. "Fiz esta regra para ser o ponto inicial de um debate que acho muito importante: raça e sua representação na indústria da moda", explica Azahn Munas, fundador da marca, em entrevista à Teen Vogue.

"Quero explorar a noção do 'poder branco' na moda e porque tantas pessoas estão perpetuando este conceito – conscientemente ou não. Embora ela seja excludente a primeira vista, é em nome da inclusividade. Queremos alcançar pessoas que não são representadas na indústria", completou.

A nova medida foi divulgada pela Moga durante uma ação de procura de modelos para o próximo ano. Mulheres de todo o mundo podem participar, tendo ou não experiência na área. Só não podem ser brancas caucasianas.

"Desculpa, meninas, achamos vocês absolutamente lindas mas, infelizmente, essa não é para vocês", informou a marca, que publicou vídeo feito com bonecas em stop motion para afirmar o seu posicionamento.

Will YOU be the next face of our fierce and fabulous movement?

Posted by MOGA on Sunday, July 15, 2018

"É importante falar sobre assuntos que não estamos confortáveis, e raça é uma delas. E quanto mais falamos destes assuntos como sociedade, mais perto chegamos de entender a complexidade deles e avançar para nos tornamos mais respeitosos e inclusivos", diz. Certamente, um tema polêmico.

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