Polícia revelou detalhes do crime da idosa contra as vizinhas: ‘fez sabão com a gordura das vítimas’

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Leonarda Cianciulli (1894-1970) viveu em Correggio, na Itália, e foi responsável pela morte de três vizinhas. Sua vida não foi muito fácil desde o seu nascimento. Ela foi fruto de um abuso e gravidez indesejada. Tentou tirar a própria vida várias vezes durante a adolescência.

Aos 23 anos, se casou com Rafaelle Passardi – que foi preso por fraude em 1927. Em 1930, Leonarda teve a casa destruída por um terremoto e acreditou que tudo era praga da sogra. Após visitar uma vidente, passou a acreditar que todos os filhos iriam morrer, pois a adivinha disse que havia sobre a família dela uma maldição.

A criminosa engravidou 17 vezes e perdeu três crianças antes do nascimento e dez dos seus filhos morreram na adolescência, vítimas de doenças. Restaram apenas quatro, que ela criou com muito apego. O seu filho favorito era Giuseppe, o mais velho. Ele foi recrutado para a 2° Guerra Mundial, em 1939.

Para salvá-lo, ela teve a ideia de sacrificar outra pessoa em seu lugar, em um ato de loucura. Começou a espalhar pela vizinhança que era vidente e tinha dons espirituais. Sua primeira vítima foi uma cliente que foi consultar a sorte com ela. A vizinha se chamava Faustina e disse à Leonarda que queria muito um marido.

A idosa disse que Faustina deveria ir para Pula (atual Croácia) e enviar uma carta aos seus familiares dizendo que estava morando lá e estava muito feliz e bem casada. Esse ritual seria como uma profecia, pois ela encontraria um marido bom por lá e seria muito feliz, materializando seu sonho. Faustina obedeceu.

Depois de voltar, Leonarda lhe deu vinho com remédios e a matou com um machado. Usou seu sangue para fazer bolinhos e os serviu para outras mulheres que se consultavam com ela, incluindo seu filho Giuseppe, que gostava muito da comida da mãe.

Depois de picar o corpo da vítima em várias partes ela os dissolveu em soda cáustica. Aproveitou e se apoderou do dinheiro e dos bens de Faustina. Em menos de 30 dias ela matou mais duas mulheres, com o mesmo esquema de cartas que serviriam de álibi, oferecendo remédios às vítimas com vinho e matando-as com machado. 

Das últimas duas vezes, usou a gordura para fazer sabão. Ela também se apoderou dos bens e joias das duas mulheres. Porém, um parente de uma das vítimas desconfiou e acionou a polícia. Leonarda confessou os crimes e foi julgada em 1946 e teve como pena ficar 30 anos em um manicômio criminal.

Ela não conseguiu arrumar um substituto para seu filho não ir para guerra. Depois que foi para a prisão todos os filhos morreram e ela faleceu aos 76 anos de idade.

Ela acabou cometendo os crimes por uma ideia fantasiosa de que precisariam haver mortes e sacrifícios para que seus filhos fossem poupados. A idosa acreditava que se oferecesse essas pessoas em rituais teria a vida dos filhos em troca do sacrifício de outras pessoas.

Esse crime, que chocou a Itália e o mundo, foi relembrado nas redes sociais e por sites de notícias que divulgaram a biografia da criminosa. Ela ainda teve a vida relatada em um filme com nome de Leonarda e um livro autobiográfico que ela mesma escreveu chamado Confissões de uma Alma Amargurada, onde ela relata que os sacrifícios humanos quebrariam a maldição da morte dos seus filhos.

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